quarta-feira, 26 de junho de 2013

Foi tudo por causa de um coração partido

No dia 23 de Julho de 2011, o mundo almoçou e disse “Já esperávamos que ela morresse”. Num mundo onde todas as imagens são construídas e não simplesmente só existem para serem amadas, alguém que abdica de marketing pessoal e de se mostrar sempre “BEM E LINDA”. Só podia mesmo se chamar Winehouse (Casa de vinho), a bebida da emoção, do prazer. Um nome perigoso?! Talvez. Independente Amy Winehouse brilhou, aconteceu, emocionou e enlouqueceu, a garota não era light e vinha sem filtro, talvez não estivesse dentro dessa mesma era.
A menina tímida e de infância conturbada, sonhava com príncipe encantado. Viver um grande amor ao som de blues talvez fosse seu único desejo. Alguns têm uma visão careta demais das coisas, e dizem que a causa da morte foram as drogas, mais pra mim não. Amy era fera demais pra vacilar assim!
Amy disse tudo que sentiu, cantou as situações dos seus dias. Causou estranhamento e admiração mundial, como aquela mistura de soul, jazz uma pele branca como a neve e uma cabeleira de arrasar, ela foi bem mais do conseguíamos ver. Toda aquela atitude escrita nas letras, e fotografadas por paparazzi gelava ao se deparar com grandes multidões, os reconhecimentos dos fãs todo aquele amor e admiração foi demais para Amy. Ela precisou se dopar para enfrentar os palcos, acho até que ela não entendia o que todo mundo queria ver.
Amy não só contrariou a mentalidade da cultura de celebridades, como mostrou que não precisava ter um enorme bumbum e muito menos retoque em suas fotos, ao se mostrar incapaz de ser outra coisa que não ela mesma. Chorava, gritava, tropeçava, xingava, vomitava, fazia escândalos em público, errava músicas, se arrastava pelos pubs e bares. Virou uma atração mundial.
Tudo isso que ela não fazia questão nenhuma de esconder de ninguém, todas essas verdades sem cortes foi sentimento tocado em suas músicas. Sua vida, os dramas, os riscos, as decepções, as brigas, as opiniões diretas, as pessoas que viviam ao seu lado, as drogas, estava tudo ali nas canções de Amy.
“Rehab” foi o que estourou Amy para o mundo, a música perfeita parecia ter saído de cinco décadas atrás, o casamento perfeito para o irresistível timbre de Amy.
Depois veio o álbum Back To Black, que era puro soul, jazz e R&B dos anos 50 e 60. Era com certeza o grande momento de mostrar queAmy era uma sofredora como Dinah Washington, Etta James e Billie Holiday, ali ela mostrou ser uma diva que não precisava parecer com Byonce ou Madonna para ser amada.
Amy sofria porque era romântica demais. Como ela mesmo cantava, o “amor é um jogo pra perder” (“Love Is A Losing Game”). É como eu já disse no inicio, talvez o grande sonho de Amy era uma casa, marido e filhos ao som de blues. Com Blake Fielder-Civil viveu esse amor intenso e louco, uma paixão que foi capaz de partir o coração de Amy, um amor do tipo “contra todos e contra ninguém”. Brigas, pancadaria e copos quebrados foram se intensificando em meio a longas sessões entorpecidas. Candidamente, Amy resumiu os dois em (“Back To Black”).
O fim desastroso do relacionamento com Blake só fez somar a todas as feridas mais antigas de Amy. Quando tinha dez anos de idade, o pai de Amy Winehouse saiu de casa para viver com a amante. O caso extraconjugal já durava oito anos e era de conhecimento de toda a família.
Aos 27 anos, Amy Winehouse morreu sozinha na cama, em sua casa no norte de Londres. A causa da morte está dizendo que foi as drogas, álcool e a vida desregrada da cantora. Mais o que aconteceu com Amy não foi nada mais que o mesmo que aconteceu com Kurt, Janis e alguns outros… O que matou Amy foi um coração partido


Um comentário:

  1. Sensacional seu texto, acabei de terminar de ler o livro Amy!Minha Filha, escrito pelo pai dela Mitch e recomendo, não temos o direito de julgar e nem apontar o dedo para ninguém, ela era uma cantora esplendida e de bom coração, todo mundo na vida passa por altos e baixos e o melhor dela é que sempre se mostrou ser humana e os outros pisavam nela por isso, foi uma grande perda e me arrependo de não ter ido no show dela aqui no Brasil,a presença de espirito dela era de arrepiar, achei que teria outra chance! ela tinha medo e sonhos como todos nós, mas não sabia controlar seu coração e sentimentos de forma sensata! Deixou saudades .... bjs

    ResponderExcluir